Nutrição geral

Gosta de nozes? A sua saúde cardiovascular agradece!

As doenças cardiovasculares são um fos maiores problemas de saúde público nos países mais desenvolvidos. A prova disso mesmo é que nestes países essa é a principal causa de morte, podendo também deixar sequelas dramáticas que comprometem a qualidade de vida e a produtividade de quem sofre das mesmas. Apesar dos números assustadores que normalmente estão associados às doenças cardiovasculares, a verdade é que este é um problema maioritariamente comportamental, pois as más decisões que tomamos ao longo da nossa vida têm um efeito muito significativo no aparecimento e desenvolvimento do mesmo. A alimentação é um dos fatores que mais impacto pode ter na nossa saúde cardiovascular, pela positiva, ou pela negativa…


As nozes são um alimento que já faz parte dos hábitos alimentares dos Portugueses há anos. Aliás, é um alimento que se encaixa perfeitamente na incrível Alimentação Mediterrânica (mais informações sobre a Alimentação Mediterrânica neste post). O seu consumo tem vindo a ser associado a vários potenciais benefícios para a saúde, em grande parte devido ao seu teor em gordura insaturada, mas também por causa da sua fibra (mais informação sobre a fibra neste post) e compostos bioativos com capacidade antioxidante (mais informações sobre os antioxidantes neste post).

 

As doenças cardiovasculares representam um dos principais problemas de saúde pública nos países desenvolvidos.

 


Recentemente foi publicado um artigo na revista científica The Journal of Nutrition, no qual se procurou perceber se o consumo de nozes (57-99g/dia) afetava o metabolismo do colesterol, quando comparado com uma alimentação com as mesmas calorias, mas com outros tipos de gorduras. Verificou-se que os participantes que consumiram as nozes apresentaram valores de colesterol total e LDL (o chamado “mau colesterol”, mais informações sobre o colesterol neste post) significativamente inferiores aos participantes que em vez de nozes consumiram alimentos ricos em gordura saturada.


Este é mais um trabalho que vem demonstrar de forma evidente que o tipo de gordura que se ingere pode ter um impacto muito importante na nossa saúde, independentemente do facto de, em termos calóricos, todos os tipos de gordura serem muito parecidos. Na realidade, apesar de por vezes existirem opiniões contrárias, parece-me que não há grandes dúvidas que todos devemos optar por gorduras insaturadas, sempre que possível. Alguns exemplos de alimentos ricos neste tipo de gorduras são o azeite (mais informações sobre o azeite neste post), a maioria dos óleos vegetais e os frutos secos oleaginosos (frutos secos gordos, tais como nozes, avelãs, amêndoas, …). Ou seja, de uma maneira geral deve-se preferir gorduras de origem vegetal, minimizando o consumo de gorduras de origem animal. No entanto, convém estar atento à gordura vegetal utilizada, pois o óleo de coco (mais informações sobre o óleo de coco neste post) e o óleo de palma (mais informações sobre o óleo de palma neste post) têm origem vegetal mas são compostos maioritariamente por gordura saturada, não sendo por isso uma opção tão interessante do ponto de vista nutricional.

 

O consumo de nozes contribui para melhorar os níveis de colesterol no sangue e, consequentemente, para diminuir o risco de doenças cardiovasculares.

 

Referência do artigo: J Nutr. 2020 Apr 1;150(4):818-825. doi: 10.1093/jn/nxz313.

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