Provavelmente já ouviu falar em antioxidantes… Seja na publicidade, ou mesmo nos rótulos, a palavra “antioxidante” está um pouco por todo o lado. São muitos os produtos alimentares que dizem que contêm, ou que são enriquecidos com antioxidantes. Mas o que são estas substâncias que parecem ser tão importantes para os consumidores, e por isso as empresas que produzem e comercializam géneros alimentares têm vindo a apostar cada vez mais nas mesmas?
Esta é uma área que cruza claramente as minhas duas grandes paixões: a nutrição e a bioquímica! Diariamente o nosso corpo está exposto a várias agressões vindas do exterior. Estes agentes agressores são provenientes da alimentação, da poluição, da radiação, dos produtos tóxicos com os quais contactamos, etc. Uma das formas pelas quais atuam estas substâncias perigosas é através da formação de radicais livres. Dito de uma forma muito simples, os radicais livres são moléculas altamente reativas, que têm potencial para reagir com as nossas células, provocando danos oxidativos que são muitas vezes irreversíveis. De certa forma compara-se ao que acontece com a maior parte dos metais que, com o passar do tempo, vão ficando oxidados, ou com alguma fruta que, depois de cortada/descascada, começa a sofrer oxidação. Como se isto não bastasse, as nossas células também produzem radicais livres durante o seu funcionamento normal. Independentemente de virem do exterior, ou de serem produzidos nas nossas células, os radicais livres devem ser eliminados, de forma a evitar lesões nas células. E é aqui que entram os antioxidantes…
Diariamente o nosso corpo está exposto a moléculas reativas chamadas radicais livres, que podem ser provenientes do exterior, ou ser produzidas pelas células.
Os antioxidantes são, na realidade, substâncias que impedem a formação dos radicais livres, ou então impedem que os mesmos causem danos nas nossas moléculas. A prevenção destes danos é fundamental para a nossa saúde, pois é a acumulação dos mesmos que leva ao envelhecimento, bem como ao aparecimento de várias doenças crónicas como aterosclerose ou cancro, por exemplo. Além disso, é também fundamental para prevenir os danos associados ao funcionamento normal do nosso sistema imunitário (danos colaterais que o mesmo causa nas nossas células). Apesar de eu estar a falar em prevenção, convém destacar que nunca se consegue impedir totalmente o aparecimento destes danos, mas sim atrasar a ocorrência dos mesmos. Ou seja, os antioxidantes têm potencial para atrasar o envelhecimento, ou o aparecimento de determinadas doenças, sendo por isso aliados fantásticos da nossa saúde.
Portanto, não há dúvida que o nosso corpo lida diariamente com inúmeras moléculas perigosas, que podem causar danos oxidativos importantes. Obviamente que em primeiro lugar devemos evitar a exposição às mesmas, sempre que possível (por exemplo, deixar de fumar, ou evitar determinados alimentos). Além disso, deve existir também a preocupação de consumir quantidades adequadas de antioxidantes, no sentido de aumentar a capacidade de resposta do nosso corpo perante esses potenciais danos. E quais são os alimentos mais ricos em antioxidantes? Os alimentos pertencentes a duas das maiores fatias da Roda dos Alimentos, as frutas e os hortícolas, claro!
Os antioxidantes impedem a formação dos radicais livres, ou os danos associados aos mesmos. Consequentemente, contribuem para atrasar o envelhecimento e o aparecimento de várias doenças crónicas.
