Café quente
Nutrição geral

Vai um cafezinho? O risco de mortalidade pode baixar…

Para muitas pessoas o café é uma bebida obrigatória para que o dia corra da melhor forma. Seja ao pequeno-almoço, a meio da manhã, depois do almoço ou em qualquer outra altura do dia, esta bebida é uma verdadeira “poção mágica” para muita gente, não só pelo seu sabor, mas acima de tudo pela cafeína que, devido ao seu efeito estimulante (mais informações sobre esse assunto este post), permite ultrapassar alguma sonolência ou inatividade que possa surgir nalgumas alturas do dia. As consequências do consumo de café para o nosso organismo têm estado associadas a alguma controvérsia. Há dados que sugerem que o seu consumo pode estar associado a um aumento repentino da pressão arterial, ou a uma subida nos níveis do chamado “mau colesterol” (mais informações sobre o colesterol aqui). Por outro lado, sabe-se que o café contém vários antioxidantes como flavonoides, melanoidinas, ácido clorogénico, furanos, entre outros, que ajudam a proteger as nossas células contra possíveis danos.


Ou seja, a composição do café parece criar uma espécie de equilíbrio que tende a contrabalançar os potenciais efeitos negativos do mesmo. Aliás, há estudos que sugerem que o consumo de café pode diminuir o risco de aparecimento de várias doenças. Claro que neste contexto importa referir que há algumas variáveis particularmente importantes tais como a forma de preparação dos grãos e da própria bebida, bem como a quantidade de café que é consumida. Além disso, o próprio padrão alimentar de cada um pode ter um efeito significativo no contributo do café para um melhor ou pior estado de saúde.

 

O café é uma bebida indispensável para muitas pessoas, que tem vindo a ser relacionada com efeitos controversos na nossa saúde.

 


Recentemente foi publicado um artigo na revista American Journal of Clinical Nutrition no qual foi estudado qual o impacto que o consumo de café tem na mortalidade de adultos que seguem uma alimentação Mediterrânica (mais informações sobre o padrão alimentar Mediterrânico neste post). Globalmente foi verificado que o consumo de café diminui o risco de mortalidade de forma dependente da dose, sendo que o consumo adicional de 2 chávenas/dia provocou uma diminuição de cerca de 22% nesse risco. Este efeito foi particularmente evidente em adultos com mais de 55 anos.


Neste momento os amantes de café devem estar particularmente felizes. E, na minha opinião, com razão, pois este estudo veio demonstrar que o consumo de café pode ser um aliado contra vários problemas de saúde, e por isso contribui para diminuir a mortalidade. No entanto, convém referir que este trabalho analisou pessoas que consumiam até 5 chávenas de café por dia, ou seja, como é lógico há-de existir um limite a partir do qual o consumo de café pode não ser tão benéfico, e até ser prejudicial. Apesar de não ter sido descrito o mecanismo associado aos resultados que eu referi, muito provavelmente será a riqueza em antioxidantes e outros compostos bioativos que mais contribui para a diminuição do risco de mortalidade induzida pelo café. Outra questão importante passa pelo que é utilizado no café. Se uma pessoa beber vários cafés por dia, mas colocar sempre açúcar, alguns dos potenciais benefícios do mesmo podem ser atenuados. Concluindo, o café não é um elixir da juventude, mas pode ser um aliado interessante para que a nossa vida seja um pouco mais prolongada

 

O consumo de café contribui para diminuir de forma significativa o risco de mortalidade, sendo que quanto maior for a quantidade de café consumida, menor será esse risco.

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