Nutrimentos

Carência e excesso de zinco: o que pode acontecer?

O zinco é um mineral que está envolvido em muitos processos dieferentes, sendo por isso fundamental para o correto funcionamento do nosso organismo (mais informações sobre o zinco neste post). Devido a isso, a manutenção dos níveis de zinco dentro dos valores normais assume-se como algo fundamental para a saúde humana. Ao contrário do que acontece com outros minerais, no caso do zinco não é conhecido nenhum sistema de armazenamento, pelo que o seu consumo em quantidades adequadas deve ocorrer diariamente.


De uma maneira geral a carência de zinco não é muito comum nas populações mais jovens (crianças e adultos), nos países desenvolvidos. No entanto, com o avançar da idade esta situação tende a tornar-se mais frequente, podendo afetar cerca de um quarto das pessoas com mais de 60 anos. Há ainda vários grupos populacionais que se encontram num maior risco de desenvolverem carências de zinco, tais como: pessoas com baixa ingestão calórica/alimentar, pois tendencialmente apresentam um consumo de zinco inferior ao recomendado; pessoas com doenças digestivas (tais como colite ulcerosa, doença de Crohn, síndrome do intestino curto, síndrome do intestino irritável, doença celíaca), pois nestes casos a absorção de zinco tende a estar comprometida; pessoas com doenças renais, pois podem apresentar uma excreção elevada deste (e de outros) minerais; pessoas que sofram de alcoolismo, pois normalmente apresentam uma alimentação desequilibrada, problemas no funcionamento digestivo, nomeadamente ao nível da absorção intestinal, e maior excreção urinária de zinco; vegetarianos, pois os alimentos de origem vegetal normalmente contêm alguns antinutrientes (mais informações sobre os antinutrientes neste post), nomeadamente fitatos (mais informações sobre fitatos neste post), que podem diminuir a biodisponibilidade (mais informações sobre biodisponibilidade neste post) do zinco.

 

A carência de zinco tende a ser relativamente frequente na população mais idosa.

 


São muitas as possíveis consequências associadas à carência de zinco, tais como atraso no crescimento, perda de apetite e falhas no funcionamento do sistema imunitário. Em casos mais graves, pode causar perda de cabelo, diarreia, falhas no desenvolvimento e função sexual, lesões nos olhos e na pele e anemia. Apesar de não ser tão frequente, pode ainda surgir perda de peso, problemas na cicatrização, alteações do paladar e letargia.


Por outro lado, o excesso de zinco também pode ter consequências muito negativas para a nossa saúde, tais como náuseas, vómitos, perda de apetite, cãibras abdominais, diarreia e dor de cabeça. Em casos mais graves, pode estar associado a doenças neurológicas e carência de cobre (mais informações sobre o cobre neste post), pois o zinco inibe a absorção intestinal de cobre. Esta situação tende a ser bastante rara, estando associada principalmente a um consumo excessivo de suplementos contendo zinco, bem como um uso de quantidades excessivas de adesivos de próteses dentárias.

 

A carência e o excesso de zinco podem ter consequências muito graves, pelo que é fundamental garantir níveis adequados deste mineral.

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