Nutrição geral

Alimentos frescos ou congelados… qual a melhor opção?

Na altura de comprar os alimentos são muitas as decisões que se têm que tomar. O que levar e quanto levar costumam ser as maiores dúvidas, ainda que muitas outras opções tenham que ser tomadas. Uma delas envolve alguns dos chamados “produtos frescos”, mais concretamente aqueles que também estão disponíveis na versão congelada (carne, peixe, marisco, legumes ou fruta). Acredito que a maior parte das pessoas defenda que o consumo de produtos frescos é preferível, mas será que esta é mesmo uma verdade absoluta?


Obviamente que há várias vantagens associadas aos produtos frescos, quando comparados com os congelados. Desde logo destacaria o facto de haver uma maior preservação das propriedades nutricionais quando o alimento é fresco. Também do ponto de vista de sabor, textura e aparência, os produtos frescos são quase sempre uma melhor opção, pois as características originais do alimento mantêm-se preservadas. No entanto, logicamente que a sua validade é menor, o que pode ser um fator chave na altura da compra.


Em relação aos produtos congelados, o facto de terem uma conservação mais fácil e uma maior validade, associados à comodidade que é ter alimentos disponíveis durante muito tempo, sem ter necessidade de sair de casa para os comprar sempre que são necessários, são, possivelmente, as suas maiores vantagens. No entanto, além de haver uma menor preservação nutricional e de sabor/textura/aparência, muitas vezes os produtos congelados apresentam uma quantidade de gelo enorme (o chamado “vidrado”), que faz com que o preço final seja demasiado caro para a quantidade real de alimento que se está a comprar (passa a pagar-se água ao preço do alimento propriamente dito).

 

Os alimentos frescos preservam melhor a sua riqueza nutricional e o sabor, textura e aparência originais. Os alimentos congelados apresentam uma maior durabilidade e uma conservação mais fácil.

 


Como pode verificar, existem vantagens e desvantagens associadas aos produtos frescos e aos congelados. Apesar de eu ter referido potenciais perdas nutricionais nos alimentos congelados, parece-me importante referir que este é um fator que depende da forma como a congelação é efetuada (mais informações sobre como congelar os alimentos neste post). Ou seja, se a mesma for efetuada corretamente (mais informações sobre problemas na congelação neste post), de forma rápida e recorrendo a temperaturas muito baixas, as perdas nutricionais podem ser mínimas. Além disso, o tempo que demora desde a captura/produção até ao congelamento é igualmente um fator importante, sendo que esse intervalo deve ser o mais curto possível. E no caso da fruta em particular, o ultra-congelamento permite que a mesma seja apanhada no seu estado final de maturação, ao contrário do que acontece quando a fruta tem que ser transportada fresca para os diferentes locais de venda. Ou seja, quando se opta por comprar produtos ultra-congelados, as propriedades nutricionais podem não ser assim tão inferiores às do alimento fresco.


Resumindo, sempre que possível a opção deve passar pelos produtos frescos, mas isso não significa que, em muitos casos, os produtos congelados não sejam igualmente uma boa opção. Tudo depende de quando é que os alimentos vão ser consumidos. Esta questão é particularmente relevante quando se fala na compra de alimentos frescos para congelar. Essa é uma situação na qual a compra dos alimentos já congelados pode, claramente, ser a melhor opção.

 

Apesar de a melhor opção ser, sempre que possível, optar pelos alimentos frescos, há várias situações nas quais a compra de alimentos congelados pode ser uma opção tão válida como a primeira.

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