A depressão é uma doença psiquiátrica que pode ter consequências muito graves para quem sofre da mesma (mais informações sobre a depressão neste post), e para todos os que o rodeiam. Trata-se de uma condição na qual as células do cérebro não comunicam de forma adequada, e, consequentemente, algumas mensagens que deviam ser transmitidas ao longo do sistema nervoso, acabam por não chegar ao destino. São várias as abordagens clínicas que podem ser feitas nesse contexto, sendo que normalmente a depressão necessita de ser tratada com medicação. Do ponto de vista de composição corporal, é muito vulgar as pessoas associarem a depressão a uma doença que faz engordar. Será mito, ou será verdade?
Simplificando ao máximo, o que determina se uma pessoa engorda, emagrece, ou mantém o peso estável é a diferença entre a quantidade de calorias que é consumida e a quantidade de calorias que é gasta no dia-a-dia. Ou seja, para eu engordar, tenho que consumir mais calorias do que as que gasto. Nesse sentido, facilmente se percebe que a depressão, por si só, não faz engordar nem emagrecer, tudo vai depender do balanço entre a alimentação e o gasto calórico diário. No entanto, há algumas particularidades nessa doença que podem, de facto, fazer com que possa ocorrer um aumento de peso… Em primeiro lugar, tendencialmente a depressão está associada a uma menor atividade física, seja, por desmotivação, falta de resposta do corpo, ou mesmo porque a pessoa prefere resguardar-se de contactos sociais. Em segundo lugar, porque a depressão pode ter um efeito direto no apetite. Neste caso em concreto, há pessoas que, num quadro depressivo, tendem a comer mais, e, consequentemente, o risco de engordar aumenta. Contudo, também há pessoas que tendem a comer menos, ou seja, cada caso é um caso… Por último, a própria medicação pode afetar o apetite, sendo que nalguns casos o doente sente mais vontade de comer.
A depressão não faz engordar, ainda que possa ter algum impacto na forma como a pessoa se alimenta.
Ou seja, a depressão é uma doença que pode ter algum impacto na quantidade de calorias ingeridas, quer na quantidade de calorias gasta. No entanto, isso não significa que faça engordar, pois essa situação é uma consequência do balanço energético final. O importante é perceber de que forma a doença e/ou o respetivo tratamento pode afetar esse equilíbrio, e atuar no sentido de impedir que haja impacto na composição corporal, para evitar efeitos negativos não apenas na saúde, mas também na auto-estima e na motivação do paciente.
Conclusão: MITO!
Este é um assunto que lhe interessa? Aqui ficam mais alguns artigos sobre a relação entre a depressão e a alimentação:
