Duelo de alimentos

Duelo de Alimentos: Salmão (selvagem) vs. Salmão (aquacultura)

O salmão é um dos peixes mais apreciados pelos consumidores. Além de ser delicioso, é também muito versátil, podendo ser comido cru, ou confecionado de muitas formas diferentes. Nos últimos anos assistiu-se a uma grande discussão acerca da proveniência do salmão, nomeadamente sobre potenciais problemas associados ao salmão de aquacultura (mais informações sobre a aquacultura neste post). Devido a isso, decidi colocar frente-a-frente o salmão selvagem e o salmão de aquacultura. Quem será que vai vencer?

Que comece o combate…

 

Analisando a tabela verifica-se que o salmão selvagem é menos calórico, principalmente porque contém menos gordura, e em particular gordura saturada, que é potencialmente mais perigosa. Apesar disso, o salmão de aquacultura apresenta mais proteína e mais gordura insaturada. Os níveis de vitaminas B2, B5 e B6 são mais elevados no salmão selvagem, ao passo que o de aquacultura possui mais vitamina A, B3 e ácido fólico. Quanto aos minerais, existe mais sódio e fósforo no salmão de aquacultura, mas a quantidade de potássio, cálcio, cobre, selénio, zinco, magnésio e ferro é superior no salmão selvagem.

 

O salmão selvagem é significativamente menos calórico, pois é menos gordo, apresentando ainda uma riqueza mineral superior à do salmão de aquacultura.

 

Concluindo, sem grande surpresa o vencedor é o salmão selvagem. Uma das suas principais mais-valias é o facto de ser menos gordo do que o salmão de aquacultura. Consequentemente, além de apresentar menos gordura saturada, é também significativamente menos calórico (apesar de não deixar de ser gordo, e por isso ser um peixe com bastantes calorias). Em relação às vitaminas, ambas as versões de salmão apresentam uma composição com algumas mais-valias, mas é na riqueza mineral que o salmão selvagem se volta a destacar. Quero também referir que este duelo permite fazer algumas reflexões importantes. Em primeiro lugar, tal como acontece em todos os Duelos de Alimentos que eu publico, apenas faço uma comparação do ponto de vista nutricional, pelo que não abordo a questão de potenciais contaminantes que possam existir nos alimentos em causa. Em segundo lugar, apesar de o salmão selvagem ser uma melhor opção do ponto de vista nutricional, o salmão de aquacultura é também uma opção que não deve ser descartada, pois apesar de ter perdido o duelo, a sua composição nutricional não deixa de ser interessante. Se este contém ou não contaminantes provenientes do seu método de produção, essa é uma questão que ultrapassa as propriedades nutricionais do próprio alimento, pois de certeza que existem produções que cumprem todas as normas, e outras que eventualmente “atropelam” algumas. Outra questão importante é o preço, pois tendencialmente o salmão selvagem é significativamente mais caro do que o de aquacultura. No entanto, somando todas as vantagens e desvantagens, sempre que possível deve dar preferência ao salmão selvagem. Para terminar, este duelo serve também para demonstrar que o método de produção dos alimentos pode também ter um impacto relevante na composição nutricional dos mesmos, pelo que este deve também ser um critério a ter em consideração na altura de efetuarmos as nossas escolhas.

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