Nutrimentos

Carência e excesso de flúor (fluoreto): o que pode acontecer

Apesar do flúor ser um mineral muito importante para o correto funcionamento do nosso corpo (mais informações sobre o flúor neste post), o seu consumo deve ser mantido dentro dos valores considerados normais, de forma a evitar situações de carência ou de excesso do mesmo.
Sendo o flúor tão importante para a manutenção da saúde dentária, pois contribui para prevenir o aparecimento de cáries dentárias, a principal consequência associada a baixos níveis deste mineral são os problemas dentários. Além das consequências estéticas que a cárie pode ter, esta é, na realidade, uma doença potencialmente grave, pois pode levar à perda de dentes, ou aparecimento de halitose (mau hálito), e a uma baixa auto-estima.


Quando os níveis de flúor são superiores aos normais, pode ocorrer uma condição designada por fluorose dentária. Esta condição surge por falhas na formação do esmalte dentário, e é causada por exposição elevada ao flúor durante os primeiros anos de vida, quando o esmalte dos dentes definitivos é formado. Quando esta situação ocorre, o esmalte formado torna-se mais poroso e opaco, podendo apresentar linhas horizontais ou manchas com coloração variável, normalmente brancas, amarelas ou castanhas. Estas alterações são irreversíveis, pelo que devem ser evitadas de forma a não condicionar de forma permanente a estética dentária da pessoa. Portanto, o consumo de flúor, ou a utilização de produtos fluoretados deve ser efetuada de forma adequada, de acordo com as recomendações de um profissional de saúde especializado, de forma a poder tirar partido dos benefícios do flúor, sem sofrer de fluorose dentária. Em casos extremos de níveis elevados de flúor, pode ainda ocorrer fluorose óssea, na qual os ossos apresentam deformidades estruturais, podendo também ocorrer calcificação dos tendões e dos ligamentos.

 

Quando os níveis de flúor são superiores ou inferiores aos valores considerados normais, normalmente ocorrem alterações significativas nos dentes.

 


É também possível ocorrer envenenamento quando uma quantidade muito elevada de flúor é consumida num curto espaço de tempo. Neste contexto, o primeiro órgão a ser afetado é o estômago, e por isso as primeiras manifestações são náuseas, dor abdominal, presença de sangue no vómito e diarreia. O evoluir da situação leva a fraqueza, espasmos, respiração profunda, arrefecimento, pele fria e transpirada, pupilas dilatadas, desregulação nos níveis de outros minerais (nomeadamente cálcio e potássio) e, eventualmente, morte. Apesar de se tratar de uma situação potencialmente muito grave, é algo extremamente raro, pois é necessário o consumo de uma dose muito elevada de flúor, algo que, em condições normais, dificilmente acontece.

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