Alimentos

Não seja nabo… coma nabos!

O nabo é, possivelmente, um dos hortícolas que mais divide a opinião dos consumidores. Há quem o adore, e não resista ao seu sabor/textura na sopa, ou como acompanhamento, por exemplo. No entanto, o seu sabor intenso e característico também faz com que muitos não o tolerem. Confesso que quando era mais novo, não gostava de nabo, e tinha uma capacidade notável de perceber se existia nabo na sopa. Agora não só o tolero, como gosto assumidamente de sentir o sabor do nabo na sopa.


Este tubérculo de interior branco, e casca branca e, por vezes, roxa, é tradicionalmente colhido no final do verão/início de outono. A sua origem remonta ao século XV a.C., na Índia, onde era originalmente cultivado por causa das suas sementes. Foi durante a Idade Média que o nabo conquistou a Europa, principalmente as classes sociais mais desfavorecidas. O seu estatuto de “comida de pobre” foi gradualmente desaparecendo, sendo que atualmente o seu consumo é transversal a qualquer classe social. O facto de apresentar um sabor característico, mas, ao mesmo tempo, uma elevada versatilidade culinária, torna o nabo um ingrediente muito utilizado em diversas partes do mundo.


Tradicionalmente o nabo apresenta uma forma mais ou menos esférica/cónica, com uma casca branca e roxa. A cor roxa surge na parte superior do nabo, e está diretamente relacionada com a exposição do nabo ao sol. Ou seja, quanto mais roxo for o nabo, maior a quantidade de sol a que esteve sujeito. No entanto, no mercado existem também variedades do nabo que são completamente brancas (e tradicionalmente mais redondas). Independentemente do aspeto exterior, a polpa interna é branca.

 

Apesar do seu sabor inconfundível, o nabo é muito utilizado como ingrediente em receitas um pouco por todo o mundo.

 


O nabo é a raiz comestível de uma planta crucífera, ou seja, da família das couves de Bruxelas, brócolos, entre outros. Devido a isso, não só a raiz é comestível, como também o são as folhas, as célebres nabiças, e os seus rebentos florais, também conhecidos como grelos de nabo (no futuro irei escrever também sobre ambos). Apesar de ser uma raiz, o seu potencial calórico é muito baixo, o que significa que, devido à sua riqueza nutricional, possa ser considerado um alimento nutricionalmente denso, ou seja, que fornece uma elevada quantidade de nutrientes por caloria consumida.

O que se pode encontrar em 100g de nabo (cru)?
– 16 kcal
– 3g hidratos de carbono
– 0,4g proteína
– 0,4g gordura
– 2g fibra
– 21% da dose diária recomendada (DDR) de vitamina C
– 7% da DDR de potássio
– 5% da DDR de manganês
– 4% da DDR de vitamina B6 e ácido fólico

Além das suas utilizações culinárias, os nabos são também muito utilizados para preparar lanternas do Halloween na Escócia e na Irlanda. Também durante o Samhain, um festival gaélico, os nabos são esculpidos de forma a apresentarem faces, sendo posteriormente colocados nas janelas para afastar os maus espíritos.

 

O nabo apresenta quantidades significativas de vitamina C, potássio, manganês, vitamina B6 e ácido fólico

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