Grávidas, crianças e adolescentes

Principais benefícios do leite materno (para o bebé)

As recomendações atuais defendem que, se possível, até aos 6 meses o bebé deve ser alimentado exclusivamente com leite materno, sendo que dos 6 aos 12 meses o leite materno deve continuar a fazer parte da alimentação do bebé (mas não exclusivamente!). A amamentação é algo que tem inúmeras vantagens, quer para o bebé, quer para a mãe. Os principais benefícios do leite materno para o bebé são:
alimenta o bebé de forma completa e equilibrada, pois contém todos os nutrimentos (nas proporções adequadas!) que o bebé precisa para se desenvolver corretamente. O facto de ter uma composição dinâmica é algo que é impossível encontrar numa fórmula (“leite de lata”), e que é fundamental para o desenvolvimento do bebé. Inicialmente o colostro é rico em anticorpos e proteínas, e com menor teor em hidratos de carbono. Isto fortalece as defesas do bebé, fornece blocos de construção para o crescimento e aumenta a sensação de saciedade. Gradualmente a quantidade de hidratos de carbono vai aumentado para fazer face às necessidades energéticas crescentes do bebé.
as proteínas presentes no leite materno são mais digeríveis do que as das fórmulas  ou do leite de vaca;
o cálcio e o ferro presentes no leite materno são absorvidos de forma mais eficaz, principalmente devido à composição proteica e à quantidade elevada de lactose do leite materno;
diminui o risco de infeções, não só porque contém vários tipos de anticorpos e de outras proteínas fundamentais para controlar o crescimento de bactérias, fungos e vírus, mas também porque apresenta na sua composição alguns glóbulos brancos vivos provenientes da mãe (por isso há quem diga que o leite materno é um alimento vivo). Atualmente acredita-se que a incidência de pneumonias, otites, constipações, diarreias infecciosas e muitas outras doenças é menor em bebés que são amamentados;
diminui o risco de alergias, principalmente por causa da presença de anticorpos IgA;
diminui o risco de aparecimento de doenças crónicas, tais como a obesidade, diabetes, hipertensão arterial, asma, doença celíaca e doença de Crohn;
diminui o risco do desenvolvimento de alguns tipos de cancro;
diminui o risco de ocorrência de morte súbita (apesar de este ser um assunto controverso, há vários estudos que apontam neste sentido). Foi observado que de uma maneira geral a amamentação diminui para metade o risco dessa situação ocorrer;
favorece o desenvolvimento “normal” da cavidade oral, devido aos movimentos de sucção induzidos na presença do mamilo na boca do bebé;
parece aumentar a eficácia de algumas vacinas, bem como diminuir as manifestações (febre, por exemplo) associadas às mesmas;
fortalece a ligação mãe-filho, pois permite que o bebé tenha um contacto íntimo com a mãe, vendo-a como protetora e como alguém que lhe garante a sua necessidade mais básica, a alimentação! O contacto com a pele da mãe, com o seu cheiro e o contacto ocular tornam este momento único e que deve ser desfrutado ao máximo pela mãe e pelo bebé!

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