Nutrição geral

As alterações climáticas e a nossa alimentação!

Vivemos tempos estranhos! Nunca tanto como agora tivemos acesso à informação científica… Nunca tanto como agora tivemos a possibilidade de nos fazermos ouvir em todo o Mundo… Nunca tanto como agora tivemos acesso ao que se passa em qualquer região do nosso planeta… Nunca tanto como agora o Mundo precisou de nós, e nós precisamos uns dos outros… Nunca tanto como agora as gerações futuras precisaram de ter uns antepassados conscientes e verdadeiramente preocupados com elas! E o que nós estamos a fazer? Muito pouco, infelizmente!


As alterações climáticas são, infelizmente uma realidade, e os seus efeitos já se fazem sentir um pouco por toda a parte. E se por um lado eu tenho a noção de que é normal o clima mudar, pois as condições de vida na Terra mudam como consequência de tudo o que nela ocorre, também não tenho dúvidas que nós, seres humanos, estamos a precipitar essas mudanças, ou mesmo a direcioná-las num sentido mais perigoso do que deveria ocorrer. E nesta altura acredito que muitos de vocês estejam a pensar: “Mas afinal o que é faz um post sobre alterações climáticas num blog de nutrição e alimentação?”

 

As alterações climáticas têm um impacto enorme na vida de todos nós, e são já uma realidade bem presente no nosso dia-a-dia.

 


Eu digo muitas vezes que comer é um ato de cidadania, que tem influência (direta ou indireta) em mim, enquanto consumidor, nos outros, que contactam comigo, mas também no planeta. Isto porque comer tem sempre uma pegada ecológica associada. E obviamente que isto não significa que não devemos comer, mas sim que devemos ter consciência dessa situação, e de que as nossas escolhas alimentares podem ter um impacto muito significativo no futuro da Terra. Sem querer ser fundamentalista em relação a este assunto, parece-me fundamental ter esta preocupação presente, no sentido de tomarmos melhores decisões em relação à nossa alimentação, não apenas para promover a nossa saúde, mas também a saúde do nosso planeta. E a ideia é simples de perceber… Se me apetece o alimento X, mas também não me importo de comer o alimento Y, e se o alimento Y tiver uma menor pegada ecológica associada, então eu devo optar mais vezes pelo Y do que pelo X, e comer este último apenas em ocasiões especiais. No fundo, este tipo de situação já tende a ocorrer no caso de alimentos mais calóricos, ou que nós sabemos que não são tão saudáveis. Ou seja, trata-se de introduzir uma componente ecológica na nossa alimentação, mantendo sempre os mesmos princípios e preocupações. E uma boa dose de bom-senso, claro!


Acredito sinceramente que a definição de alimentação saudável não se esgota nos efeitos que a mesma tem apenas na própria pessoa, e que só faz sentido falar nesse tipo de conceito se tivermos em consideração a dimensão ecológica da alimentação. E esta preocupação é de tal forma legítima que até já existe um padrão alimentar que tenta minimizar o impacto ecológico da alimentação – o climatarianismo. Em breve irei escrever sobre ele…

 

A alimentação tem um impacto ecológico muito significativo, e esta situação não pode nem deve ser desvalorizada! 

 

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