Mito ou verdade

Mito ou Verdade: A alimentação pode alterar o cheiro do suor

A transpiração é um processo natural que tem, acima de tudo, um objetivo bem definido: diminuir a nossa temperatura corporal. Por isso é normal transpirarmos mais quando estamos em ambientes mais quentes, quando praticamos exercício físico, ou quando estamos mais nervosos… Para tal, recorremos é libertação de água através de pequenos poros que existem na pele. Todos sabemos que o suor pode ter muitos cheiros diferentes, que dependem das características individuais da própria pessoa, mas também de outros fatores. É frequente ouvir-se dizer que a alimentação é um desses fatores. Será que esta ideia está correta, ou será mito?


Conforme referi, o arrefecimento do nosso corpo consegue-se à custa da eliminação de água através da pele. No entanto, na realidade não se perde apenas água, mas sim um conjunto de várias outras substâncias que, estando dissolvidas na água, acabam também por ser perdidas. Estou a falar, por exemplo, de minerais, e por isso é que a reposição de eletrólitos é tão importante quando se transpira muito (mais informações sobre esse assunto neste post). Quando nos alimentamos, muitas das substâncias que dão sabor aos alimentos são absorvidas no intestino e passam para a corrente sanguínea. Consequentemente, algumas delas acabam também por ser perdidas na transpiração, podendo por isso alterar o cheiro da mesma.

 

O suor contém água, mas também várias substâncias que são obtidas a partir dos alimentos.

 


Portanto, quando consumimos alimentos com um cheiro/sabor forte, tais como especiarias, alho, cebola, malaguetas, brócolos, entre outros, algumas das substâncias responsáveis pelo mesmo podem de facto ser eliminadas através da transpiração, causando alterações no seu cheiro. Esta informação pode ser particularmente relevante para as pessoas que tradicionalmente transpiram mais. Obviamente que este não é o único fator responsável pelo cheiro da transpiração, pois também há que considerar a população de micro-organismos que vive na nossa pele, por exemplo, mas, em parte, o nosso cheiro pode de facto refletir a nossa alimentação.


Conclusão: VERDADE!

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