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Carência e excesso de iodo: o que pode acontecer

Sendo o iodo um mineral tão importante para o nosso organismo (mais informações sobre o iodo neste post), não é de estranhar que quando o mesmo se encontra em níveis inferiores ou superiores ao normal possam existir consequências negativas para a nossa saúde.


Quando existe carência de iodo, a tiróide torna-se incapaz de produzir as hormonas T3 e T4 em quantidade suficiente. Chama-se a esta condição hipotiroidismo. Estas hormonas regulam a nossa taxa metabólica, e por isso quando são produzidas em quantidades inferiores ao normal o metabolismo torna-se “mais lento”. Consequentemente, a pessoa fica mais sensível ao frio, os reflexos ficam mais lentos e, de uma maneira geral, o corpo gasta menos calorias. Como gasta menos calorias, quem tem hipotiroidismo acaba por ter potencialmente uma maior tendência para engordar (mais informações sobre a relação entre o hipotiroidismo e o peso neste post). Uma das possíveis consequências visíveis associadas à carência de iodo é o bócio. Esta condição resulta de um aumento do volume da tiróide, que tanto pode surgir no hipotiroidismo como no cenário oposto, designado de hipertiroidismo. Apesar disso, a causa mais frequente de bócio é mesmo a carência de iodo.

 

A carência de iodo provoca uma condição chamada hipotiroidismo, que pode levar ao aparecimento de bócio.

 


Se a carência de iodo ocorrer durante a gravidez, podem ocorrer consequências particularmente graves para o bebé, nomeadamente menor QI e atraso mental, bem como baixo peso à nascença. Aliás, o iodo não é apenas importante durante o desenvolvimento embrionário, pois sabe-se que carências do mesmo durante a infância se traduzem por uma menor capacidade intelectual das crianças. Para ter uma ideia do impacto desta situação, estima-se que a carência de iodo seja a causa prevenível mais frequente de disfunção intelectual em todo o mundo.


Portanto, são várias as manifestações que podem estar associadas à carência deste mineral. Além do bócio, pode surgir dor na região da tiróide, dificuldades respiratórias (principalmente quando se está deitado), dificuldades em engolir, fadiga, ganho de peso, sensação de frio, depressão, queda de cabelo, pele seca, diminuição dos batimentos cardíacos e/ou dificuldades de aprendizagem/memória. No caso das mulheres, pode ainda causar menstruação irregular, sendo frequente um aumento do sangramento.


Por outro lado, o excesso de iodo também pode ter consequências negativas, nomeadamente náuseas, vómitos, diarreia, febre, sensação de ardência na boca e garganta ou dores de estômago. Pode ainda causar bócio ou disfunção da tiróide (hipertiroidismo).

 

Excesso de iodo pode causar várias consequências negativas, tais como distúrbios digestivos, febre ou hipertiroidismo.

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