Nutrimentos

Carência e excesso de vitamina B5: o que pode acontecer?

A vitamina B5 é também chamada de ácido pantoténico ou pantotenato, e esta informação é importante do ponto de vista da ingestão da vitamina. Na realidade, o nome deriva da palavra Grega “pantou”, que significa em qualquer lugar, e deve-se ao facto de quase todos os alimentos conterem pelo menos pequenas quantidades desta vitamina, ou seja, a vitamina B5 encontra-se amplamente disponível em muitos alimentos de consumo regular. Esses alimentos incluem fontes de origem animal e de origem vegetal. Devido a isso, é muito raro alguém apresentar carências desta vitamina, sendo que normalmente só surge em casos de subnutrição generalizada, onde o consumo alimentar total é claramente inferior às necessidades diárias (e nesses casos as carências nutricionais são na grande maioria das vezes globais e não apenas específicas da vitamina B5). Também nalguns contextos específicos, como alcoolismo, consumo de contracetivos orais e doenças inflamatórias intestinais, os níveis de vitamina B5 podem estar diminuídos. Quando esses casos raros acontecem, os principais sintomas associados são sensação de dormência, ardência e dor nos membros (em particular nos pés), dores de cabeça, fadiga, depressão, irritabilidade, dores de estômago, vómitos, cãibras e insónias. De qualquer das formas, convém referir que a quantidade de vitamina B5 que o ser humano precisa por dia varia bastante de acordo com várias características, tais como a idade, o sexo, e, no caso das mulheres, depende também se estão grávidas ou a amamentar.
Quando consumida em excesso, a vitamina B5 pode causar problemas digestivos, nomeadamente diarreia, risco de hemorragia e também aumento da sensibilidade dentária.
Apesar de globalmente ser considerada uma vitamina segura, o consumo de suplementos de vitamina B5 está por vezes associado ao aparecimento de alguns efeitos secundários. Os mais frequentes são fadiga, náuseas, dores de cabeça, depressão, alterações de personalidade, formigueiro nas mãos e instabilidade cardíaca. Importa referir que nenhum destes efeitos está descrito para o consumo de vitamina B5 através da alimentação. Além disso, quando se consomem suplementos de vitamina B5, é preciso ter em consideração que a mesma pode interferir com a ação de vários medicamentos. Por exemplo, pode diminuir a eficácia e aumentar o risco de aparecimento de efeitos secundários de medicamentos utilizados para atrasar a progressão da doença de Alzheimer (chamados de inibidores da colinesterase). Além disso, pode também diminuir a absorção e eficácia de alguns antibióticos chamados de tetraciclinas. Para evitar esta situação, não deve consumir na mesma altura as tetraciclinas e o suplemento vitamínico, ou seja, deve tentar fazê-lo em diferentes alturas do dia. Uma vez que a vitamina B5 pode aumentar o risco de hemorragias, é preciso ter em atenção o seu consumo em pessoas que utilizam medicamentos anti-coagulantes, como a warfarina ou a aspirina.
Como pode constatar, o consumo de suplementos de vitamina B5 pode estar associado a alguns riscos, pelo que a sua utilização deve ser sempre baseada num aconselhamento adequado. Há várias situações nas quais esses suplementos podem ser benéficos, mas a sua utilização deve ter sempre em consideração os riscos envolvidos.

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